Parece que todos nós nascemos com uma tendência clara: a de separar o feio do bonito, o triste do feliz e por consequência; o certo do errado. Seremos bons e seremos salvos assim que nossas vidas asumirem um aspecto de tabuleiro de xadrez; preto e branco - uma divisão simples à primeira vista, mas preste atenção - se você esmiuçar esse famigerado quadrilátero bicolor será uma uma experiência decepcionante, você não será salvo (muito pelo contrário). E por quê não? Porque o jogo é complexo. Não é preto e branco tal qual aparenta, entre suas laterais existem fronteiras e elas têm o poder de nos enlouquecer (existem tons de cinza!). Os tons de cinza são perigosos, são uma nova perspectiva para o bem e para o mal, nos tiram do conforto da certeza, da cartilha que outrora nos ensinaram exaustivamente. Daí o feio não é tão mau e o bonito perde a graça porque não nos faz tão feliz assim, existe uma carência suprida de um lado, o outro lado da face, o lado do beijo talvez...Assumimos - mesmo que inconscientemente que tudo foi ensinado ao contrário, razão pela qual o jogo é árduo e turvo, eis o motivo pelo qual ficamos cegos mesmo diante de duas - apenas duas! - cores. Mas se abster dos tons também não se mostra de bom tom e a dor que se carrega dias/meses/anos são compensados por um minuto de prazer que significa ultrapassar a fronteira que o tabuleiro esconde sorrateiramente. E o que fazer? Pois bem, mover-se! Afinal de contas as torres nem sempre serão ortogonais, a Rainha poderá não usar da liberdade de andar livremente entre as casas e o seu Rei finalmente será capturado. Fim de jogo. Xeque - (Mate) !
Entre atividades acadêmicas e laborais, quero uma que me dê um prazer que transcenda tudo aquilo que eu já conheço...E só escrevendo alcanço tal ambição!
domingo, 17 de outubro de 2010
Xadrez
Parece que todos nós nascemos com uma tendência clara: a de separar o feio do bonito, o triste do feliz e por consequência; o certo do errado. Seremos bons e seremos salvos assim que nossas vidas asumirem um aspecto de tabuleiro de xadrez; preto e branco - uma divisão simples à primeira vista, mas preste atenção - se você esmiuçar esse famigerado quadrilátero bicolor será uma uma experiência decepcionante, você não será salvo (muito pelo contrário). E por quê não? Porque o jogo é complexo. Não é preto e branco tal qual aparenta, entre suas laterais existem fronteiras e elas têm o poder de nos enlouquecer (existem tons de cinza!). Os tons de cinza são perigosos, são uma nova perspectiva para o bem e para o mal, nos tiram do conforto da certeza, da cartilha que outrora nos ensinaram exaustivamente. Daí o feio não é tão mau e o bonito perde a graça porque não nos faz tão feliz assim, existe uma carência suprida de um lado, o outro lado da face, o lado do beijo talvez...Assumimos - mesmo que inconscientemente que tudo foi ensinado ao contrário, razão pela qual o jogo é árduo e turvo, eis o motivo pelo qual ficamos cegos mesmo diante de duas - apenas duas! - cores. Mas se abster dos tons também não se mostra de bom tom e a dor que se carrega dias/meses/anos são compensados por um minuto de prazer que significa ultrapassar a fronteira que o tabuleiro esconde sorrateiramente. E o que fazer? Pois bem, mover-se! Afinal de contas as torres nem sempre serão ortogonais, a Rainha poderá não usar da liberdade de andar livremente entre as casas e o seu Rei finalmente será capturado. Fim de jogo. Xeque - (Mate) !
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